domingo, 29 de julho de 2007

O PAN da "Pátria Amada"


Após 16 dias, os jogos pan-americanos chegam ao fim.

O Brasil cumpriu expectativas e superou os jogos de Santo Domingo, em 2003. Ficou em terceiro lugar com 54 medalhas de ouro, 40 de prata e 67 de bronze, somando 161 medalhas, número maior que o país segundo colocado, Cuba, que ficou com 59 pódios de ouro. Os EUA mantiveram-se absolutos com 237 medalhas no total, 97 douradas - com atletas secundários.

O PAN, considerado apenas como jogos do Interior das Américas, em que nenhum recorde foi quebrado, foi mesmo uma festa do Brasil, e só. Poucos países se interessaram por uma cobertura dos jogos. Os EUA, que adoram uma cobertura, preferiram outros assuntos, e nenhum repórter foi enviado especialmente para as festividades.

Falando em cobertura, a do Brasi, a maior, foi ofuscada ainda na primeira semana com o trágico maior acidente aéreo do país, em que 199 pessoas morreram, devido o choque entre o Airbus da TAM e o prédio da TAM Express nas proximidades do aeroporto de Congonhas, piorando muito a situação caótica da aviação.Vítimas do acidente foram homegeadas durante os jogos, com faixas de luto e bandeiras a meio mastro, e na cerimônia de encerramento, que contou com bombeiros paulistas que participaram do resgate, e protagonizaram um momento de emoção no início da festa com o Hino Nacional e uma grande bandeira brasileira à meio pau, timidamente parada com a ajuda da falta de vento.
A cerimônia, com a presença de chuva e uma lua cheia, não contou com do presidente Lula, tremendamente vaiado na abertura do jogos, que tiveram grande ajuda de verba federal para acontecer, estrapolando em 500% o orçamento inicial. Os motivos que podem ter causado as vaias, vão da "contratação" de partidários ao governador do Rio, Cesar Maia, opositor de Lula, até o uso errônio do nome PAN do Brasil, ao invés de Rio 2007, o que poderia ter ferido o ego carioca. E o ego brasileiro também fez a vaia estar presente durante todos os 16 dias. Nada diplomáticos, os brasileiros que acompanhavam das arquibancadas as competições não respeitavam os adversários.

O Rio de Janeiro viu dias diferentes, com os noticiários distante das frentes de combate entre polícia e ladrão. Os cariocas sentiram-se mais seguros, e filhos deste solo.

Agora, o que resta é que o Brasil não sofra mais com tanta falta de profissionalismo, ordem, e cheio de desrespeito e que possa bradar, com sinceridade: "Pátria Amada, Brasil!".

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