Gafes da crise aérea
O brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, devia ser tombado como patrimônio nacional. Ele é um marco da literatura cômica!
Outro dia, ele cunhou uma frase célebre, quando a Federação Internacional dos Controladores de Vôo sugeriu uma intervenção no sistema aéreo brasileiro. Ele bradou: “A crise é nossa! Os mortos são nossos!”.
Não é genial? Estamos nos orgulhando de nossas catástrofes. Só falta ele berrar: “A Amazônia desmatada é nossa! As balas perdidas e os assaltantes de turistas são nossos!”. Como dizia minha avó, é melhor ouvir isso que ser surdo.
Esta crise geral está parindo gafes históricas. O mau gosto dos dirigentes, num desfile de lugares comuns – desde o "relaxa e goza" até o pepino do brigadeiro. Quer dizer que isso tudo é apenas um pepino? Uma aporrinhaçãozinha? “Ih, cara, morreram mais 200. Que pepino!”. Pois é... pra morrer basta estar vivo. E se perguntarmos: e os 200 milhões desviados da Infraero? “Ah, sei lá. Deus escreve certo por linhas tortas”.
O brigadeiro só esqueceu do velho ditado: é de pequenino que se torce o pepino. Nosso pepino está torto há muito tempo, brigadeiro. Ninguém sabe o que fazer com ele. Quer dizer, eu ate tenho uma sugestão, mas...
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