A Secretaria de Saúde de São Carlos confirmou nesta segunda-feira o primeiro caso da nova gripe na cidade, a primeira morte na Região Central do estado de São Paulo.
A vítima é uma mulher de 32 anos que morreu ontem (26), no Hospital Estadual de Américo Brasiliense, antigo Hospital Nestor Goulart Reis, onde se encontram os pacientes da região com suspeita de terem contraído o vírus H1N1. Segundo informações do Hospital, ela não teve contato com nenhuma pessoa que tenha viajado para outros países.
Com mais esse óbito, o estado de São Paulo registra 20 mortes em decorrência da Influenza A, ou gripe suína, como ficou conhecida a nova cepa, elevando para 45 o número de mortes em todo o país.
Na cidade de Araraquara, um novo caso foi diagnosticado, o 2º na cidade. Assim como a primeira paciente, uma senhora de 60 anos, o homem de 27 anos esteve na Argentina. Ele passa bem e já voltou a sua rotina. O material para análises foi coletado em 1º de julho e só agora teve o resultado anunciado.
O vírus H1N1 é transmitido de pessoa a pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum: febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal. Em alguns casos, a falta de ar pode determinar que o paciente esteja com a gripe suína.
O médico deve ser procurado se o paciente gripado se encaixar no grupo de risco: pessoas idosas, crianças menores de dois anos, grávidas, doentes crônicos, obesos, pessoas com complicações pulmonares e pacientes em tratamento de câncer; ou se os sintomas forem muito fortes.
Sem dúvida, as precauções para se evitar o contágio, como lavar as mãos com água, ou evitar o contato com pessoas gripadas, são bons conselhos para se evitar a nova gripe, mas nós não podemos nos alarmar.
A decisão da Igreja Católica de recomendar as saudações à distância, e das Secretarias de Ensino por adiar o reinício das aulas são exemplos alarmantes, que podem surtir efeito, mas não devem ser tomados apenas devido à pandemia de gripe suína, que tem o índice de 0,4% de letalidade. A gripe comum matou no ano passado, por exemplo, 17 pessoas por dia só na cidade de São Paulo.
Em 2008, 70.142 pessoas foram mortas pela gripe sazonal em todo o Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Como disse o epidemiologista Tom Jefferson, em entrevista à revista Der Spiegel, em que afirmou que "toda uma indústria está esperando por uma pandemia", “devemos lavar as mãos com frequência, mas não somente por causa da gripe suína”.
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