Profecias

Morreu, aos 90 anos, o autor de "2001: Uma Odisséia no Espaço", clássico eternizado nas telonas pelo genial Stanley Kubrick.

Arthur C. Clarke sofreu um problema cardio-respiratório, decorrente da pólio, doença que o acompanhava desde os anos 60, no Sri Lanka, país para qual se mudara após um casamento infeliz.

Sir Arthur Clarke era um gênio-vidente. Disse, nos anos 40, que nos anos 2000, o homem conquistaria o espaço - cautela. Neil Armstrong pisou na lua em 1969, um ano após o lançamento do filme co-roteirizado com Kubrick. A Nasa considera suas idéias como propulsoras intelectuais das viagens espaciais.

Além disso, vislumbrou uma rede de computadores interligados - prova do acontecimento é você, leitor deste blog, e eu, escritor neste espaço. Ligação que não terminaria bem - lembre-se do Hal e os astronautas... Responsável também pela idealização das órbitas estacionárias, que hoje são chamadas 'óribitas de Clarke', responsáveis pelos satélies de transmissão ao vivo.

Para o futuro, segundo ele, nos espera um elevador para o espaço, sem a necessidade de foguetes.

Ao chegar à sua "90ª órbita do sol", Clarke tinha como sonho: que os extraterrestres entrassem em contato, que a humanidade deixasse a dependência do petróleo e que o Sri Lanka tivesse paz.

"Um dos maiores papéis da ficção cientifícia é o de preparar as pessoas para aceitarem o futuro sem dor, e encorajar uma flexibilidade de idéias. Os políticos deveriam ler ficção científica, não histórias de detetive ou faroeste"

"Tenho certeza de que o Universo está cheio de vida inteligente. Só que ela é inteligente o bastante para não vir até aqui"

"Se nós aprendemos alguma coisa na história da invenção e da descoberta é que, no longo prazo -e freqüentemente no curto prazo- as profecias mais ousadas parecem risivelmente conservadoras"