A eleição de José Sarney como presidente do Senado demonstrou certa regressão na esfera política brasileira. Porém, uma decisão tomada ontem, mostra uma oportunidade de Sarney se redimir.
Ele determinou que todos os 136 diretores da casa deixem seus cargos.
A medida foi tomada após denúncias contra vários membros do Senado Federal. Após Agaciel Maia, que caiu por não ter declarado uma mansão, surgiram as especulações de que R$ 6 milhões em horas extras foram destinados a mais de três mil funcionários em pleno recesso de janeiro. Além das investigações que apuram nepotismo, apadrinhamentos e funcionários fantasmas.
Para José Sarney, isso pode ser o início de uma “reforma profunda”. Pobre pretensão, uma “reforma profunda” requer uma mudança na forma como agem os políticos desse país. Roseana Sarney, por exemplo: senadora, líder do governo no Congresso e filha de José Sarney, pagou passagens de amigos com cota que recebe do Senado. Belo exemplo.
A demissão desses 136 diretores parece mais uma forma de evitar muita dor de cabeça, não uma profunda reestruração. E está muito longe de uma redenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário