terça-feira, 4 de março de 2008

Beligerância Fria

0806420 Fidel já diz estar ouvindo as "trombetas de guerra"; Chávez fecha a fronteira; Rafel Correa diz que perdeu a soberania de seu território; Álvaro Uribe, que denunciará o presidente venezuelano no Tribunal Penal Internacional por financiamento a grupos genocidas; Bush é o único a dar apoio à Colômbia contra o as Forças Revolucionárias ati-Washington; Lula diz que deve haver um pedido de desculpas; na OEA, em Washington, houve o pedido, mas exigindo explicações.

Parece os acontecimentos de uma guerra anunciada, e é! Após ataque em território equatoriano, a Colômbia matou 17 revolucionários e o número 2 das Farc, Raul Reyes, no sábado. O presidente do Equador, Rafel Correa, viu abuso e perda de soberania, amplamente apoiado pelo beligerante (adora ver o circo pegar fogo), Hugo Chávez, que apóia e negocia com a "revolução" das Farc contra o imperialismo norte-americano. A França não gostou da notícia, que dificulta a libertação de Ingrid Betancourt, refém do grupo terrorista.

mapa

Chávez - aquele mesmo que no ano passado pretendia aprovar Constituição que previa no Art. 153: "Criação de um espaço geopolítico dentro do qual os povos e governos da América possam construir um só projeto supranacional", prevendo a interferência nos países vizinhos,  chamou a Colômbia de "Israel da América Latina" pela invasão de território. Álvaro Uribe, presidente colombiano, acusa Chávez de ter pago U$$ 300 mi às Farc, que não esconde.

A guerra, segundo Uribe, não interessaria ao seu país, que só tem vontade de acabar com o terrorismo das Farc, que comanda 35% do território colombiano, financiada pelo narcotráfico.

Os ataques de sábado foram feitos com Super Tucanos comprados pelo governo colombiano da Embraer. Os mesmos aviões são desejo de consumo de Chávez, que não pode tê-los pois Washington proíbe a venda de produtos com tecnologia norte-americana, como é o caso dos aviões brasileiros, à Venezuela. Mas Carcas não está desabastecida, tem mercadoria bélica vinda diretamente de Moscou.

Essa guerra realmente não interessa à Colômbia, mas sim a um novo sonho - ou antigo, como tudo no socialismo retrógardo -: uma Guerra Fria.

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