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Denúnicas de abuso de gastos às custas da população já derrubaram a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro (R$ 171.000,00 com aluguel de carros, restaurantes e compras em um free shop). Orlando Silva, dos Esportes (R$ 30.000,00), disse que devolverá o valor gastado desde que assumiu o cargo. O ministro da Pesca(!), Altemir Gregolin (R$ 512,60 em uma churrascaria), também está sob suspeita.

No fim de semana de carnaval, o jornal Folha de S.Paulo denunciou abusos dos seguranças da filha do presidente Lula. Um segurança pessoal de Lurian Cordeiro Lula da Silva gastou quase R$ 55.000,00 nos últimos nove meses usando um cartão de crédito corporativo do governo em lojas de autopeças, materiais de construção e de ferragens, supermercados, livrarias, combustível e em uma casa de venda de munição. Os gastos foram feitos no cartão da Secretaria de Administração do Planalto.

Hoje, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse que o governo aprovou um decreto para reduzir os saques com os cartões. Jorge Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou que por segurança do presidente da República e demais envolvidos, os gastos não estarão mais no Portal da Transparência (http://www.transparencia.gov.br/index4.asp).

A oposição ganhou apoio do governo para criação de uma CPI para investigação, mas Lula deixa claro: só no Senado, e que sejam investigados também os gastos nos anos FHC.

Os cartões de crédito corporativos do governo federal são indicados para gastos como a compra de material, prestação de serviços e diárias de servidores em viagens e são distribuídos a pessoas que ocupam postos-chave da administração pública e que fazem pagamentos de urgência.