Golpeado pelos militares hondurenhos, o presidente deposto Manuel Zelaya, que tentava nova reeleição, contrariando a Constituição de Honduras, retornou ontem ao país caribenho, pedindo refúgio à Embaixada brasileira.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o Itamaraty reiteram que Zelaya foi quem bateu à porta da Embaixada, eximindo-se da culpa pelas manifestações na capital Tegucigalpa, e observando tudo com certo prestígio regional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu às forças do governo interino que respeitem a integridade da Embaixada do Brasil. A distribuição de luz e água foi restabelicida, e a comunicação de dentro da Embaixada é feita apenas por celulares.
O governo do militar Roberto Micheletii justificou os confrontos com simpatizantes de Zelaya que se encontravam em frente à Embaixada baseando-se no desrespeito ao toque de recolher, imposto à capital após o retorno de Manuel Zelaya.
A Organização dos Estados Americanos, que como o resto do mundo, condena o golpe, conversará com o presidente Lula, que está em Nova York, sobre as negociações, que estavam a cargo da Costa Rica.
Manuel Zelaya disse em entrevista à TV Globo que não pretende pedir asilo político ao Brasil. Seu retorno acontece há dois meses das eleições presidenciais, enquanto tem o apoio mundial em nome da legitimidade do cargo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário