Cerca de 200 agentes da Receita Federal argentina realizaram na tarde de ontem uma operação-surpresa na sede do jornal Clarín.
Por um lado, o jornal se diz intimidado pelo governo de Cristina Kirchner. Por outro, o kirchnerismo defende a democracia, colocando em debate a Lei de Serviços Audiovisuais, que reduziria o poder de influência do Grupo Clarín, principalmente, na TV a cabo.
Ricardo Roa, editor-geral do principal diário da Argentina, relacionou a operação da Receita à reportagem publicada no mesmo dia, que denunciava fraude em órgão de controle agropecuário, beneficiado pelo fisco.
Já a ex-primeira-dama, hoje presidente Cristina Kirchner, sugere ser vítima de um “fuzilamento midiático” por parte do Clarín, que insuflou a opinião pública em 2008 contra o seu governo no conflito com o setor agropecuário.
Disputas entre grupos de mídia e governo esquentam, esfriando as democracias na América do Sul. Principal exemplo é do venezuelano Hugo Chávez que fechou a emissora oposionista RCTV, e tenta agora fazer o mesmo com a Globovisón.
A democracia dá razão ao embate entre esses dois poderes – mídia e governo –, mas ditaduras começam exatamente quando qualquer um deles passa a se sobressair ao outro.
Um comentário:
É cara, o jornal ''Estadão'' passa por um sufoco semelhante com o Sarney. Lógico que as realidades distintas.
Vivemos uma falsa democracia ou é a democracia que é falsa? (óóóóó kkkk)
Grande abraço!
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