Roger Abdelmassih, o médico especializado em reprodução assistida, acusado de abusar sexualmente de 56 mulheres, a maioria ex-pacientes, foi transferido de presídio.
Dentro do porta-malas de uma viatura da Polícia Militar, o médico que já teve dois habeas corpus negados pela Justiça, foi levado da delegacia em que estava em São Paulo desde a última segunda-feira, para o presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde estão presos Alexandre Nardoni (acusado de matar a filha Isabela); os irmãos Cravinhos (condenados pelo assassinato dos pais de Suzanne Richthofen); e Mateus da Costa Meira (o maníaco do cinema do Shopping Morumbi).
Um dos mais importantes médicos da área de fertilização, que também é acusado de fazer manipulações genéticas indevidas e de sonegar impostos, teve seu registro médico suspenso. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo abriu 51 processos ético-profissionais contra Abdelmassih.
A cena de Roger Abdelmassih, de 65 anos, com mais de 40 anos em uma carreira de respeito, sendo levado dentro de um camburão da Polícia após ter dois pedidos de liberdade negados pelo Supremo, é algo quase inédito neste país em que a Justiça é tudo – menos cega e indiferente.
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