O Ministério Público de Zurique confirmou que a brasileira Paula Oliveira confessou ter mentido sobre sua gravidez e inventado ataque em estação de trem.
A advogada deixou de ser vítima e se tornou ré ontem, após ser indiciada "por suspeita de induzir as autoridades ao erro".
A confissão, que ontem foi divulgada pela imprensa suíça, e hoje confirmada pela promotoria, aconteceu na sexta-feira, 13, após Paula ter conhecimento da perícia que desmentia sua gravidez.
Para a defesa da brasileira, em entrevista ao Jornal Nacional de ontem, “o depoimento que uma pessoa acusada só fez para a polícia, e não perante o Ministério Público, e na ausência de um advogado, não tem o valor de uma prova”.
Agora, com a confirmação, uma das estratégias de seu advogado para inocentá-la seria usar o lúpus, uma doença que justificaria transtornos psicológicos (alterações neurológicas: convulsões ou psicose sem outra causa aparente).
Hanz Rudolf Merz, presidente da Suíça, minimizou o caso. "Não temos que exagerar, o assunto é um caso menor, que aqueceu demais os ânimos", disse.
Muito se falou sobre as relações entre Suíça e Brasil, que estariam estremecidas após a divulgação da história, trazendo à tona um suposto caso de racismo, levantando opiniões do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorin, e até do presidente Lula.
Dizia-se até que um pedido formal de desculpas, feito pelo presidente brasileiro, era esperado com ansiedade. Mas, com as declarações de Hanz Rudolf Merz, observa-se mais um caso de muito barulho por nada.


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