Em "Ensaio Sobre a Cegueira", o autor-mestre José Saramago e o diretor - também fixando-se como mestre da sétima arte - Fernando Meirelles, nos faz cegar, e logo depois, uma lucidez incomodável abre nossos olhos.
Nossa visão, cega na brancura ou na escuridão, faz nossa mente e nosso coração enxergarem em que mundo vivemos e do que é capaz a raça humana.
Na obra, é retratado o caos humano. O presente da raça humana e seu futuro, bem como o passado, nos faz refletir como o nosso ego pode ser mortal para nós mesmos. Ações que diminuem a potencialidade de nossa racionalidade, fazendo prevalecer apenas os instintos.
A capacidade de enxergar não nos faz melhores ou piores, mas a incapacidade de ver piora a nossa situação.
Prendendo-se ao filme, Fernando Meirelles, nos dá a capacidade de sentir emoções tão distintas em um curto espaço de tempo, que nos faz perder o fôlego até nos cortes de cena.
Um filme memorável, que nasceu de um clássico da cotemporaneidade para a eternidade da raça humana.
"Se podes olhar, vê. Se podes ver,
repara".
José Saramago
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