quarta-feira, 30 de julho de 2008

Pela segunda vez, morre Doha

Celso Amorim frustrado Fracassou pela segunda vez em sete anos o acordo que previa maior comércio global.

A Rodada Doha foi lançada pelos países-membros da OMC em Doha, no Qatar, em 2001 para a liberalização do comércio mundial. Em 2003 foi realizada a 5ª Conferência Ministerial da OMC, em Cancún (México), com o objetivo de fazer prosseguirem as negociações, mas desacordos sobre questões no setor agrícola levaram a um impasse: de um lado, países ricos, que querem maior acesso aos mercados de bens e serviços dos países em desenvolvimento; de outro, estes últimos, que em troca querem mais espaço para seus produtos agrícolas nos mercados dos países ricos.

Neste ano, o colapso ocorreu por um pequeno detalhe. China, Índia e EUA são considerados os pivôs. A Índia, por exemplo, quer proteger seus 800 milhões de habitantes que vivem da agricultura, temendo um crescimento da miséria urbana no país com a entrada de indústrias dos países desenvolvidos.

O Brasil tinha interesse na redução das barreiras agrícolas, os subsídios que tanto emperram as exportações. Agora, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deve partir para as negociações bilaterais, porque a discussão Doha, garantem especialistas, só será retomada daqui a dois anos. Momento bom para pensar mais no abastacimento interno do país, mesmo com o mundo enfrentando uma crise dos alimentos.

Nenhum comentário: