Secretário de controle interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, foi quem vazou o dossiê (ou "banco de dados") com os gastos de FHC.
A informação foi obtida pelo jornal Folha de S.Paulo em edição a ser circulada nesta sexta-feira. O Jornal Nacional também conseguiu as informações e as dará em instantes na edição de hoje.
Investigações da Polícia Federal e da própria Casa Civil descobriram troca de e-mails entre José Aparecido e o servidor do Senado André Fernandes, assessor de Álvaro Dias, senador pelo PSDB. Em uma das mensagens, de 20 de fevereiro, o dossiê fora anexado, uma semana após o início da montagem, feita pelo braço direito da ministra Dilma Roussef, Erenice Guerra.
Ontem, Dilma foi à Comissão de Infraestrutura do Senado se defender. Em jogo entre oposição e governo, a ministra se sobressaiu, mesmo sem responder à questões referentes ao seu "banco de dados". Se emocionou e emocionou ao responder uma pergunta de Agripino Maia, que dizia que a ministra sempre mentiu sob a ditadura.
"Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousa falar a verdade para os torturadores entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador. Porque mentir na tortura não é fácil. Agora, na democracia se fala a verdade".
No início da crise, enquanto a oposição queimava o filme da favorita à sucessão presidencial pelo PT, governo se interessava apenas em desmascarar o delator.
Ainda durante o depoimento da ministra, o senador Álvaro Dias fez comparação desse caso com Watergate, que derrubou o presidente dos EUA Richard Nixon. Disse que não importa a fonte, o importante é o que foi divulgado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário