O trânsito caótico e suas vítimas: rapaz é morto após levar um tiro em discussão de trânsito nesta madrugada em São Paulo. No Rio, um pai de família fica em coma após ser espancado depois de reclamar por quase ter sido atropelado. Em Rio Claro, cidade próxima à Araraquara, dois morrem em acidente com moto.
Notícias novas, mas fatos recorrentes na selva que se instalou nas vias brasileiras.
Além da violência, o tráfego a cada dia bate seus recordes, mas soluções demoram a ser aplicadas, e a consciência não pesa. Motoristas preferem o conforto do ar-condicionado de seus carros e a individualidade, ao uso de ônibus e metrôs abarrotados. Sem ciclovias, muitos temem os automóveis, por isso preferem poluir. Até quando?
Para Regina Maria Prosperi Meyer, arquiteta e professora do Departamento de História da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, tudo terminará em um "congestionamento final, um tudo-parado-para-sempre".
A partir daí, quando ninguém mais conseguir chegar a seus destinos, perceberão o quão parados estão, e o sinal, nunca mais verão ficar verde. Não estarão cegos, como o personagem de José Saramago, terão a possibilidade de enxergar com os próprios olhos, em que se transformaram.
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