Julgada ação do Ministério Público contra a decisão do Congresso brasileiro que em 2005 votou favorável à Lei de Biossegurança.
Após três meses de adiamento, STF deu parecer favorável às pesquisas com células-tronco. Para 8 dos 11 ministros do Superior Tribunal Federal, é constitucional o uso de embriões para as pesquisas.
Cientistas e deficientes físicos comemoram o resultado. As células-tronco podem trazer respostas e a cura para várias doenças, como o Mal de Parkinson.
Para a geneticista e pesquisadora da USP, Mayana Zatz, "Agora, estamos no mesmo barco do resto do mundo".
A grande questão em torno do julgamento esteve em definir o início da vida, já que para os contrários às pequisas com células embrionárias, um embrião já é um ser humano, a vida já existe no momento da fecundação.
Para a ministra Cármem Lúcia, que votou a favor ontem durante o primeiro dia da sessão, se os embriões não fossem usados iriam para o lixo.
"Se [essas células] não fossem usadas, teriam como destino o lixo. Um lixo humano. Sua utilização é forma de saber para a vida, transcendendo-se apenas o saber da vida"
A Igreja Católica brasileira, maior contrária às pesquisas, ainda não se pronunciou oficialmente.
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