terça-feira, 3 de julho de 2007

O amanhã da humanidade



Morreu há duas semanas, o personagem infantil palestino, Farfour, discarademente, semelhante ao personagem de Walt Disney, que tanto representa a infância de milhares de jovens e adultos do ocidente, Mickey Mouse.

Crianças se apóiam, ou já se apoiaram no way of life do personagem norte-americano, o que a emissora de Gaza, Al-aqsa, quis fazer com Farfour foi o mesmo, mas nunca a influência foi tão aberta, pelo menos aos nossos olhos. O personagem palestino passava sempre a mensagem de garantia de direitos, garantia do território, da terra prometida. A batalha judeu-israelense ficava aos olhos de todo mundo, mas não pelos telejornais, e sim por este programa infantil.

Faz parte da cultura muçulmana a luta, por todos os meios. Esta era a mensagem do ofensivo Farfour àquelas crianças.


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A disputa por esse território vem desde o ano 70 d.C. com o sionismo que criou o território judaico, de onde foram expulsos pelos romanos. Mudando-se todos os judeus para Canaã, estado criado para ser a terra prometida, que por acaso já era ocupada pelos árabes...No século passado em 1948, a ONU cria o estado de Israel, os palestinos deixam seu lares e refugiam-se na Jordânia, mas à um preço alto, Yasser Arafat, em 1950 cria exército armado...E até o momento, em 2007, judeus e palestinos não conseguem coexistir.

Farfour representa a vontade dos palestinos, e também dos judeus, situados naquela área, de terem seu próprio território, desencadeando o fanatismo, cultural, naquele pedaço de mundo.


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Para o escritor israelense, Amós Oz, que participa da Flip e por isso está no Brasil (a terra de promessas), o fanatismo só pode ser remediado por uma forma de vida, que é: "Imaginar o outro". Para Oz, não são os palestinos e judeus que se odeiam, mas sim os segmentos radicais de extrema direita e esquerda dos dois lados.

Atentados, como os que são vistos, no Oriente Médio têm apenas um motivo: o revide, praticam atentados, matam, porque também foram vítimas das mesmas armas.

Amós Oz ainda diz que a maioria dos israelenses, é favorável a uma solução que admita os dois Estados. Em Israel, vivem 5,5 milhões de judeus e 4 milhões de palestinos.

O escritor defende o lema: "Paz, não amor". Lema este que não é nenhum pouco defendido pelo influenciável Farfour.


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O personagem morre, pondo fim à polêmica das "mensagens erradas", sendo espancado por um judeu, que quer as terras do avô palestino de Farfour. O nome do programa infantil é "Pioneiros do Amanhã". E que amanhã...

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