PCC e o RDD

Há 1 ano, integrantes do PCC aterrorizaram o estado de São Paulo com ataques que ocorreram durante a saída temporária dos detentos no Dia das Mães e atingiram bases da PM, delegacias e alvos civis, como agências bancárias e ônibus. O revide da polícia, que matou mais de 120 suspeitos em casos de resistência, completou um quadro violento sem precedentes: cerca de 500 mortos por arma de fogo em uma semana, de 12 a 19 de maio.

Os ataques revindicavam melhores condições carcerárias e o fim do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que prevê a prisão em cela individual monitorada por câmera, com direito a saídas para banho de sol por duas horas e a proibição de assistir a televisão, ouvir rádio e ler jornais e revistas.

Um repórter chegou a ser seqüestrado em troca da exibição de um vídeo na Rede Globo que determinava o fim do Regime Diferenciado.

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que estava sob o regime, e é o suposto chefe da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, deverá deixar a prisão diferenciada nesta quarta-feira, quando termina o prazo da custódia.

Nenhum pedido foi feito para que Marcola permaneça no RDD.