domingo, 14 de março de 2010

Estado ativo

O jornal O Estado de S. Paulo lançou neste domingo seu novo projeto gráfico, prometido junto a mudanças editoriais, como anunciado logo após a Folha de S. Paulo ter divulgado também suas alterações para o mês de maio. O estadão.com.br também foi reformulado e é mantido em perfeita sintonia com o jornal impresso da família Mesquita.

Sob o slogan “Jornalismo Renovado”, o Estado apresentou um layout com novo cabeçalho, uma ágil barra de destaque, uma nova tipografia exclusiva, colunas mais arejadas para uma leitura mais agradável e passou a valorizar as fotos e seus articulistas. Esses últimos localizados no rodapé da primeira página, junto ao tradicional Notas & Informações e à previsão do Tempo.

Entretanto, ao dar destaque à informação, cozinhada pela mestre-cuca e articulista Dora Kramer, de que “Serra vai se lançar candidato defendendo ‘Estado ativo’”, como manchete da edição de domingo do jornal que saiu com tiragem de 502.673 exemplares, pecou.

Pecou por destacar uma informação que vai à contra-mão das posições tucanas, conhecidas pelo Estado zero e privatizações a valer. Pecou por não trazer novidades em seu interior, se utilizando apenas das palavras ditas por José Serra assim que assumiu o governo de São Paulo, há três anos. Em suma, pecou ao dar relevância a uma notícia que apenas tem o papel de defender o Estado ativo, e tentar limpar a barra dos maníacos da privataria.

Não defendo a estatização ou a privatização como pilares de uma sociedade bem estruturada. Não sei se voto em Serra ou em Dilma, ou quiçá em Marina. Defendo sempre a confluência. Diferentes maneiras de pensar, agir e governar devem ser sempre respeitadas em um Estado de Direito. Sortudo aquele que consegue do caos das diferentes opiniões encontrar o equilíbrio.

Essa confluência pode ser observada em vários aspectos e enxergo com bons olhos a convergência do “Jornalismo Renovado” prometido pelo Estado, mesmo mantendo sua, digamos, parcialidade ativa, já que não existe imparcialidade plena e nunca existirá. Nesse sentido, o Homem peca.

Mas acerta o Estado ao colocar em profunda sintonia impresso e digital na confluência das informações. O Homem continuará errando. Nem vale a pena gastar a prosa debatendo esses fatores, por isso peço desculpas pela ladainha política e vamos ao que interessa.

estabarra

“As mídias impressa e digital são complementares. E quem mais se beneficia são os leitores, que dispõe de conteúdos cada vez mais qualificados, a toda hora”. O lugar-comum, impresso na capa do caderno especial de oito páginas montado pelos editores de O Estado de S. Paulo para apresentar as mudanças no Grupo, ainda é válido. Há quem duvide que os jornais durem ainda muito tempo. Há quem suspire com os e-readers e rasguem junto com o papel qualquer romantismo que ainda possa existir referente ao que pode ser impresso.

Ambas as mídias têm espaço nessa história. O peso de um jornal ainda é maior que a resolução de um site de notícias em um laptop ou num iPad. Ver uma notícia estampada e exposta em uma banca de jornais e revistas é muito mais precioso que ver um fato postado na blogosfera.

Claro também que as novidades digitais do Mundo 2.0 facilitaram a profusão de informações e são responsáveis pela democratização da opinião, e isso ninguém tasca.

Não podemos garantir quanto tempo mais o papel virá a durar, nem se esses novos meios serão eternos. Sem essas garantias, resta-nos aproveitar essa convergência.

Ler em página de jornal alguma notícia e saber por ela que existe um link na rede mundial de computadores que ilustra com ainda mais clareza os dados apresentados é fantástico. Tudo bem, daqui a pouco teremos papel transformado em tela touchscreen a dar com pau para facilitar essa mistura. Mas se ainda pudermos abrir o jornal com as duas mãos e sofrermos para mantê-lo aberto e tentar lê-lo no ônibus, que aproveitemos!

Poder pegar no papel, sem dúvida, aproxima o leitor da notícia, mas outro caminho que leva o leitor a estar cada vez mais perto dos fatos é a possibilidade de os novos portais interagirem com as redes sociais. Embora queiram acabar com o conceito de portal, os novos sites não são nada mais que isso. São portais que se abrem a outras fontes, deixando de confinar o leitor àquele endereço somente, fazendo-o interagir de outras maneiras. O Twitter é o grande exemplo. No próprio estadão.com.br ele é responsável pela segunda maior fonte de visitas ao endereço, perdendo apenas para o Google.

O Estado ativou a sofisticação que cabe aos jornais impressos aliados aos meios digitais. Um jornal mais analítico dá elegância àquilo que o consumidor de notícias já viu no dia anterior na tela dos computadores. Por isso, essa confluência é tão necessária e está em voga no mundo. Os jornais e a internet ganham, mas o maior vencedor é o leitor. Não só pelo simples fato de poder saber com mais agilidade e ao mesmo tempo obter análises profundas, mas o leitor se torna parte dos eventos ao emitir opinião ou ajudar na construção de uma história, fazendo o papel da já velha conhecida testemunha ocular.

O jornalismo precisa dessa renovação, já há muito em andamento. O que foi feito pelo Estadão neste domingo é apenas um pano de fundo do que vem sendo feito na comunicação atual.

O mundo mudou. Por sorte, os meios de informação também ativaram essa evolução.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Notícia não tem dono

Em meio a tanta destruição e péssimas notícias vindas do já arrasado Haiti, consegui informações sobre um sargento que tinha fortes ligações em Araraquara e estava desaparecido após o terremoto. A família não conseguia fazer contato, o Exército Brasileiro não liberava informações e a angústia só aumentava.

Fiquei dois dias em busca de algum gancho que pudesse ligar a cidade ao desastre no país caribenho. Essa procura por ligações que por mais pequenas que possam ser faz um assunto internacional repercutir em nível local.

Consegui esse gancho através do desespero da família residente em Araraquara, que queria informações sobre o filho que estava em missão de paz no Haiti e retornaria ao Brasil no dia do tremor. Quando fiquei sabendo da informação, imaginei que seria publicada de forma negativa, que nos manteria nas buscas pelo militar. Mas, para nosso alívio, a repercussão seria positiva. O sargento Miguel havia entrado em contato com os pais na madrugada daquele dia.

Já tinha a notícia: Sargento no Haiti entra em contato e alivia família em Araraquara. Bastava!

A informação sobre o sargento no Haiti não era exclusiva, qualquer jornal poderia apurá-la e conseguir as informações. Mas ninguém foi atrás. Eu fui.

Consegui um contato com o pai do sargento, que estava reticente a liberar informações sobre o filho. Descobri o telefone do pai da forma mais Waltergate possível. Liguei para o trabalho dele e não podiam me dar informações pessoais. Até o momento só sabia que o filho estava desaparecido e que o pai, motorista, viajava a serviço na capital. Em duas horas sem informação nenhuma que consolidasse uma matéria, fui em busca de informações oficiais. O Ministério da Defesa não tinha o que informar. O Exército muito menos.

Mas de telefonema em telefonema fui fazendo várias pontes que ligavam o sargento a Araraquara e tinha a história de sua vida em mãos.

Após conseguir essas informações com ajuda de pessoas que nem conhecia, mas que confirmavam o que eu perguntava, o telefone tocou. Do outro lado: “O número é …” – Eu: “Quem tá dando essa informação?” Do outro lado: “Você sabe quem é, menino!”. E assim, como Bob Woodward ou Carl Bernstein conseguindo derrubar Nixon após a forcinha de Garganta Profunda, tinha o contato do pai de Miguel.

Temeroso e ainda chocado, confirmou o alívio e disse ter feito contato naquela madrugada com o filho via celular e Skype. Não queria que nada fosse publicado. Disse que havia obtido informações por conta própria, então não teria como proibir que a história viesse à tona, nem teria por que. Pedi fotos do sargento. Não liberou. Fui atrás de pessoas que pudessem conhecê-lo. Ninguém. Apelei à internet, e após uma mistura de informações nos sistemas de buscas, encontrei mais que fotos que pudessem estampar a capa do jornal no dia seguinte. Consegui o contato com o sargento no Haiti.

Sou estagiário do Portal do jornal Tribuna Impressa. Tão logo a história se consolidou, meu texto foi publicado na internet. No dia seguinte, estaria no jornal.

Não sei se com muita surpresa ou se já devesse esperar por isso, o mesmo texto estava no jornal concorrente, chamado O Imparcial. Plágio descarado. Sem créditos a mim. Tudo bem.

Na madrugada, eu já tinha outra carta na manga. Tinha feito contato com Miguel, precário, mas tinha conversado com ele. Informação que poderia ser repercutida, dando caráter exclusivo à história que qualquer um poderia ter, mas que ninguém foi atrás.

Na redação, queriam continuar repercutindo a tragédia no Haiti na cidade. Uma ONG se preocupou em fazer campanha, coisa que nem as igrejas se interessaram em fazer até aquele momento. Sabia também que a rede de fast-food McDonald´s reverteria uma pequena quantia de seus lanches às vítimas no Haiti.

Buscando outras instituições que pudessem fazer campanha na cidade, descobri que haveria uma reunião com as entidades da cidade para essa campanha. A notícia virou manchete principal. Dessa vez, o concorrente não copiou. Não havia saído na internet ainda.

O dilema entre segurar informações e liberá-las tão logo elas cheguem acomete jornais pequenos e grandes. E ainda tem muito a ser refletido.

Aprendi muito com esse fato. Pode parecer pouca coisa, mas para mim, no início da vida e da profissão, foi muito relevante. Soube que a notícia sobre o contato feito entre pais em Araraquara e o filho no Haiti surtiu bons efeitos, e outras pessoas também puderam ficar aliviadas. Deixei de lado o medo de ser plagiado e confirmei que minha profissão está sujeita a esses riscos, mas que é superior a esses lances éticos. O jornalismo deve contar histórias que possam trazer informações que de uma forma ou outra possam ajudar alguém. E notícia não tem dono.

O filho pródigo…

… à casa retorna

domingo, 29 de novembro de 2009

Apanhado geral

Com propina para compra de panetones e impostos reduzidos, o Natal que vem chegando promete! Isso se as bolsas pararem de cair… Confira o apanhado geral da semana.

Caixa de Pandora

Operação da Polícia Federal envolveu o governador de Brasília, José Roberto Arruda a um esquema de corrupção e propina para subornar deputados e empresários.

O desvio envolve, pelo menos, R$ 600 mil que teriam sido arrecadados pelo governador do DF e seriam distribuídos à base aliada.

Ontem, um vídeo em que Arruda aparece recebendo dinheiro explodiu na internet. Os advogados responderam à prova dizendo que o dinheiro arrecadado seria destinado à compra de panetones.

A vez dos apaguinhos
Depois do apagão do último dia 10 de novembro que escureceu 800 cidades de 19 Estados brasileiros, problemas na distribuição de energia são cada vez mais recorrentes no país com uma das maiores tarifas energéticas do mundo.

Por ano, brasileiros de alguns Estados, como o Pará chegam a ficar 82 horas sem luz elétrica. Em grandes centros, como Rio e São Paulo, o blecaute anual chega a durar 11 horas.

Prato cheio para as campanhas eleitorais do próximo ano.


Por falar em campanha…
O governo anunciou a redução do IPI para móveis, e prorrogou até março de 2010 o imposto dos setores já beneficiados antes, como dos automóveis e eletrodomésticos. Para os materiais de construção, o IPI ficará reduzido até junho.

Toda essa generosidade pode ser confundida com bondade de natal, ou interesse eleitoreiro. De qualquer forma, saímos ganhando.


Calote das Arábias
Ícone do capitalismo atual, Dubai, nos Emirados Árabes, deu dor de cabeça para as bolsas de todo o mundo ao anunciara calote de 180 dias no pagamento da dívida de US$ 60 bilhões do maior conglomerado do país, o Dubai World.


Premonição

Notícia que chegou à redação do Portal Tribuna e que só dois dias depois apareceu nos portais dos conglomerados de comunicação, foi um dos hits da semana. Conheça a história de Nelson Fortunato.


Foto da semana
A Duquesa da Cornuália, Camila Parker Bowles, em mais uma de suas excelentes fotos quando está distante do Príncipe Charles:
Duquesa

terça-feira, 10 de novembro de 2009

blogurg_thumb[2] Blecaute geral afeta SP, MG, RJ, GO, ES, MS, DF e 90% do Paraguai.

Desde às 22h15, um problema ainda não esclarecido, paralisou a geração de energia da usina hidrelétrica de Itaipu. Oitocentas cidades do Brasil estão sem energia. Em Araraquara, a energia já foi restabelecida.

Mau tempo teria causado o desligamento das linhas em Itaipu.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

20 anos sem o Muro de Berlim

Nasci no último ano do século XX. Posso dizer que cheguei ao mundo a seis meses do fim do século XX. Não, caro leitor, não nasci em julho de 2000. Nasci em maio de 1989. Seis meses depois, em novembro, o ano terminaria, levando com ele um século extremado.

O historiador Eric Hobsbawm encaixa toda a efervescência do século XX entre os anos de 1914 e 1989, ignorando os 13 anos anteriores, e os 11 posteriores. O século começaria com a eclosão da Primeira Guerra Mundial e terminaria com o fim da Guerra Fria, intercaladas pela Segunda Grande Guerra, motivada pela Primeira, e tendo como resultado a bipolarização do mundo.
Thefalloftheberlinwall1989 A queda do Muro de Berlim, que  não só dividia a Alemanha em Oriental e Ocidental, chefiada por cada um dos vencedores da Segunda Guerra, mas que dividia o mundo entre comunistas e capitalistas, foi o marco para o fim daquele século.

A importância histórica do 09 de novembro de 1989 culmina na implosão do comunismo, com o fim da União Soviética, e o desfecho de uma guerra que durante meio século deixara a humanidade à beira de sua dizimação. O confronto bélico nuclear entre as duas potências foi frio, mas quente o suficiente para fazer vítimas desde os países da cortina de ferro europeia, passando pelo Vietnã e chegando à América Latina, sem se esquecer de deixar a marca de suas garras no Brasil.
Guerra Fria 1940 - 1989 herzog
A bipolarização do mundo após a Segunda Guerra Mundial foi responsável por guerras e ditaduras insufladas em ambos os lados e que até hoje fazem vítimas. A queda do muro representou o fim daquele século, considerado por muitos, sangrento, mas não representou o fim da desunião de um mundo cada vez mais, ironicamente, globalizado.
adeuslenin
Talvez uma das cenas do cinema contemporâneo mais emocionantes seja a que resume o filme do alemão Wolfgang Becker, “Adeus, Lênin!”, em que a estátua do revolucionário chefe de Estado russo é transportada por um helicóptero após o fim da divisão alemã, deixando com que a personagem enganada pelo filho que recria toda a Alemanha Ocidental já inexistente, caia literalmente na real. E talvez esta cena tenha se passado pela cabeça de muitos que veem no socialismo a solução para os problemas do mundo, sem se esquecer que a solução está somente no ser humano.

O muro pode ter caído, mas a divisão continua a existir no chamado “muro interior”. Na própria Alemanha ainda existe o sentimento de inferioridade por parte do leste, embora tenha facilmente agregado a economia capitalista a suas vontades. O mundo globalizado vê de forma cada vez mais abrangente as desigualdades que um dia o socialismo quis combater, e isso só é possível 20 anos após o fim dessa divisão, porque tudo foi em vão.

De nada adiantou brigar pela hegemonia. Os interesses defendidos não foram em nome da humanidade, mas somente em nome de homens, de alguns homens…

domingo, 18 de outubro de 2009

Corrida rumo ao Sol

O presidente Lula antecipou de vez os embates eleitorais de 2010 na semana que passou. Ao levar a tiracolo a ministra da Casa Civil para vistoriar as obras de transposição do Rio São Francisco, chamou a atenção de Ciro Gomes e Aécio Neves, que assim como Dilma Roussef são pré-candidatos às eleições do ano que vem. O governador tucano e o deputado federal também desembaracaram às margens do Velho Chico para chamar a atenção dos holofotes.

Mas, sem dúvida, os focos de luz não se viraram para Ciro e Aécio da mesma forma como iluminaram Dilma Roussef, escolhida como sucessora pelo presidente com um dos maiores índices de aprovação da história deste país. Para a maioria dos ribeirinhos sustentados com dinheiro do Programa Bolsa Família, que veem a transposição do São Francisco como solução para suas mazelas, o voto em qualquer pessoa indicada por Lula é mais do que justo. Facilmente votarão na “esposa de Lula”, como eles mesmos definem a ministra Dilma.

Ainda na busca pelo seu lugar ao Sol, procurando se firmar no cenário eleitoral de 2010 como forte candidata, Dilma iniciará a semana visitando Araraquara – ironicamente, a Morada do Sol - e São Carlos, duas cidades no interior do Estado governado pelo tucano, também pré-candidato, José Serra.

Em Araraquara, a ministra visitará a nova Arena da Fonte, a três dias de sua inauguração. A obra, conquista do ex-prefeito petista Edinho Silva, concluída pelo peemedbista Marcelo Barbieri, foi bancada pelo Ministério dos Esportes. Orlando Silva também virá.

Em São Carlos, cidade administrada por Oswaldo Barba, petista e ex-reitor da Universidade Federal de São Carlos, Dilma, acompanhada do ministro Temporão, da Saúde, visitará as obras do hospital-escola da UFSCar.

As visitas darão largada à investida da candidata no Estado de São Paulo, e na quarta-feira, seu rumo é outro reduto tucano, o Estado de Minas Gerais, de Aécio Neves, onde lançará o PAC nas cidades históricas.

Foi dada a largada!

domingo, 11 de outubro de 2009

Apanhado da semana


Nada como uma semana após a outra
Na sexta-feira, 09, o presidente dos EUA, Barack Obama, que reiterou que Lula era ‘o cara’ após roubar do norte-americano a chance de sediar as Olímpiadas de 2016, surpreendeu o mundo e ganhou o Prêmio Nobel da Paz, após 9 meses de governo.

Críticos acharam a escolha, baseada na perspectiva por um mundo sem armas nucleares, prematura, já que Obama em 9 meses de presidência apenas prometeu, sem tempo para cumprir.

 

E nem a USP
Uma das maiores Universidades do país, a USP, decidiu não utilizar a nota do Enem em seu vestibular, assim como a Unicamp.

O Exame teve sua nova data definida para os dia 5 e 6 de dezembro, o que atrasaria o resultado desses vestibulares. As universidades federais continuarão usando a nota. A Unesp ainda não se decidiu.

Os cinco envolvidos no roubo e na venda das questões do exame foram indiciados pela Polícia Federal.

 

Banana pro laranjal
Mais de 7 mil pés de laranja foram destruídos por integrantes do MST que reivindicavam a terra da Fazenda Santo Henrique, em Borebi, interior de São Paulo.

O prejuízo ficou em R$ 3 milhões, e a Justiça reafirmou que a área é de propriedade da Cutrale, e não da União. O Movimento dos Sem-Terra responderá criminalmente pelos danos.

Assinaturas para a instalação de um CPI que investigue as entidades ligadas ao movimento, conveniado ao governo federal, começaram a ser colhidas.

Mudanças

“Olá, internauta”. Esse cumprimento tem sido proferido por mim com pequena frequência em algumas oportunidades na última semana, e representa uma mudança em minha vida.

Meu blog, por este que vos falo/escrevo, sempre teve o compromisso de zelar pela informação, e sempre se manter atual. O tempo todo foi muito bom receber elogios e saber que as atualizações sobre os fatos que ocorriam no Brasil e no mundo eram lidas e serviam como fonte de informação, mesmo com tanta concorrência entre os próprios blogs, ou pelos conglomerados de notícias, que hoje crescem e se reproduzem em uma velocidade alucinante.

Mas você, querido leitor, também pôde notar que nos últimos dias essa frequência de notícias no blog diminuiu, e merece uma satisfação.

As notícias continuam a pipocar nos nossos computadores, e elas chegam a mim com uma velocidade que me deixa orgulhoso por toda essa profusão de informação, e ao mesmo tempo, assustado.

Escolhi trabalhar com isso, escolhi ter esse contato com o mundo em constante transformação e poder reportar essas mudanças. Escolhi me dedicar ao mundo, ao país, à cidade, à comunidade, e deixar a vida um tiquinho de lado, pensando nas outras vidas que dependeriam do meu trabalho.

Estamos chegando ao fim de 2009, tenho 20 anos. Sem diploma, no primeiro ano do curso de jornalismo, posso estar sendo utópico e exagerado, demonstrando interesse em ter toda essa responsabilidade, mas acredito que a função do jornalista é realmente esta: envolvimento.

Pois bem, 20 anos, e as portas vão se abrindo. E a maior chave talvez tenha sido este blog, que me serviu de vitrine, e deixou minha vontade e minha garra expostas para quem quisesse ver – e empregar!

Agora estou aqui, estagiando. E aprendendo muito! Agarrei essa oportunidade com muita força, e é isso que o jornalismo espera de mim. Meu serviço atual resume-se a produzir notas enquanto espero respostas para finalizar alguma reportagem que possa vir a ser aproveitada na versão impressa do maior jornal da cidade de Araraquara, ou enquanto nenhuma catástrofe aconteça e me coloquem na rua na frente de uma câmera para dar aquele “olá, internauta” e contar a novidade.

Este blog, não me abriu apenas portas, me abriu um Portal. Um portal que tem muita influência nessa minha nova fase (nunca trabalhei, apenas esse fato, já é uma mudança e tanto de fase!).

Meu radar continua alerta. As coisas acontecem lá longe, mas chegam até mim, porém não tenho tido tanto tempo para contá-las aqui no blog, com a mesma dedicação de antes. Minha dedicação mudou de endereço.

Se você está pensando que este blog que me abriu portas irá abaixar as suas, está enganado. Só não estarei tão presente como antes, mas sempre o manteirei atualizado, você verá.

Vamos ao trabalho, então!